sábado, 20 de outubro de 2007

Minha visão do meu apocalipse.

Bem, hoje foi o fim de um ciclo. Eu não posso dizer que não sabia que isto aconteceria, mas também não posso dizer que sabia. Bem, não desta maneira. Enfim, vou parar com estes rodeios nauseantes e ser consideravelmente mais explícito: Hoje ela terminou comigo. Sei lá, ela já tinha me avisado antes que isto aconteceria e já tinha me dado inclusive os motivos.
“Você vai se mudar no fim do ano. Vou sentir saudades e não quero isto, não mesmo. Sabe, então eu vou terminar antes, meio que para ir me acostumando.”
Bom, eu entendo. Sinceramente, o que mais me choca é que eu entendo o que ela quer dizer. Gostar de alguém e ter medo de perdê-lo. Tentar perdê-lo antes para não ter que suportar a dor real e eminente. Eu entendo, droga!
E quando ela anunciou que o apocalipse viria, eu confesso que pesquei a situação. Sei lá, eu percebi. Mas não pude admitir para ela, nem para mim mesmo. Tive alguns pares de dias para refletir sobre a situação, e aos poucos eu me acalmei. Não podia deixá-la desconfortável por isso. Afinal, eu percebi que também sentiria sua falta.
Ela precisou fazer isto.
E mesmo assim, os momentos debaixo daquela árvore foram os momentos mais angustiantes de todo o dia. E olha que eu havia terminado de competir por uma medalha com muitos outros atletas melhores do que eu. Quando ela disse: ‘Bem, acho que você já sabe o que é’, eu senti o chão desaparecer.
Eu percebi ali que tinha acabado. Tudo. Por causa da saudade, de novo. Eu disse. ‘Ah, tudo bem’, mas gritei dentro de mim: ‘Você vai largar tudo de novo, seu idiota! Vai deixá-la para trás!’. A gente se abraçou e ela disse ‘eu te amo’. Eu disse ‘eu também’. E a gente desfez o abraço.
E agora? Acho que meu perfil no orkut vai voltar á ser aquele largo ‘solteiro’ de sempre. Depois de dois meses e três semanas, mais ou menos. Não sei como falar com ela na segunda, ou no aniversário dela, na Pizzaria, semana que vem.

O que mais me assustou: Eu realmente entendi o que ela quis dizer.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Então;

Bem, vou quebrar o protocolo uma vez só, que seja.
Sim, sim, eu sei que meu blog é um blog de crônicas, mas como de ontem para hoje todos os meus amigos postaram poemas, resolvi colocar um dos meus. Recém tirado do meu caderno azul [quem me conhece sabe qual] e postado diretamente aqui. Sem nenhuma intervenção.
Tomara que gostem:


Então.

O único pingo de eloqüência
Que se choca contra a água
E que ondula a superfície,
Respinga-se pelas paredes,
Une-se e se reproduz,
Cada vez maior.

E o vácuo do silêncio,
Simplesmente sufocante,
Quando busca-se ar e ele não vem
Clama-se por som
E ouve mesmo eco sozinho
Que ecoa pelos cantos.

O desespero da escuridão,
A impotência de não ver á sua volta
Perder-se no vazio
Tentar e não poder ver.

E o grito do medo,
De não ter vontade de prosseguir,
Passar pelo frio congelante,
E sentir-se tremer, fraco
O caração disparado
As palavras quebradas.

O susto da saudade,
Querer rever e não poder,
Estar preso perto do longe,
E ter medo de esquecer.

Então.



Por Igor Mariano - Lemon;

Ps. Agradecimento ao Fael, que fez o button do meu blog. Se quiserem me linkar o button está aí ao lado. Para pegar a url é só clicar em cima com o botão direito do mouse, clicar em propriedades e dar ctr+c na url. Sei lá, se alguém não souber.
Ps². Agradecimento á minha fatia de melancia linda, á minha irmã boquirrota e ao meu mais novo cunhado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Até que ponto?

Ultimamente nossos valores vêm sendo trocados. Os costumes de antigamente não têm mais o mesmo valor que tinham, se é que ainda têm algum, e eles vão sendo passados para trás sem cerimônia. Até que ponto isto é positivo? E quando começa á ser negativo? Eu não acho que exista uma resposta consensual sobre isto.
Meus pais diriam que os valores de hoje não são tão rígidos quanto deveriam, e que os jovens que algum dia governarão este país precisam aprender á ser responsáveis o mais rápido possível. Eu discordo. Os valores trocados nos abalam sim, pois o certo e o errado ficam ligeiramente mais complicados, mas os valores rebuscados de antigamente não valem mais para a sociedade moderna. Simplesmente não funcionam mais.
Imagine um pai tentando inibir o filho já adolescente de sair com os amigos. Antigamente o homem era o alicerce da família e, desde crianças, eram ensinados á ser responsáveis. Além disso, sua educação sempre foi mais exigida que a das filhas, já que eles viriam á sustentar uma família. E tente ver uma mãe proibindo a filha de namoricar antes do casamento. As mulheres de antigamente deviam ser castas e respeitosas, mas numa sociedade onde os jovens beijam uma, duas ou até três pessoas numa mesma noite, tentar pôr rédeas na situação é inútil. Se isto é certo? Também não é errado.
Acho que os valores mudaram para acompanhar as evoluções que as cidades, as famílias e o mundo em geral vêm sofrendo. E isto é corretíssimo. Por mais que algumas pessoas se fiem no passado e desdenhem o sistema de educação de hoje, eles têm que encarar que não voltaremos àquela época. Seria regredir e regredir é pior que estabilizar.
Até que ponto a sociedade moderna está certa?