domingo, 25 de novembro de 2007

O tal 'Felizes para Sempre'...

Será que existe algum objetivo mais inalcançável que esse? Ser feliz para sempre? E com sempre eu não quero dizer uma semana, um mês nem mesmo um ano. Quero dizer sempre; sempre mesmo. Sempre no estilo para o resto da sua vida. Chega á ser ridículo.
Durante anos foi martelado na sua cabeça que toda estória terminava com o famoso ‘Felizes para sempre’. Que a moçinha se casava com o moçinho e que eles tinham filhos, casa, um carro/carruagem/equivalente e viviam juntinhos até que a morte os separasse. E depois de alguns anos, você cresce e percebe que tudo aquilo era só uma grande baboseira. Você prossegue a vida, mas sabe que não é tão simples assim. Cada tarde que você passava assistindo os mágicos ‘clássicos da Disney’ era uma tarde que você passava alimentando falsas esperanças.
Quem me dera a gente já nascesse conhecendo o divórcio, a traição, guarda dos filhos, processos, impostos, brigas familiares, contas... Pelo menos, quem sabe, a gente já poderia ir se preparando emocionalmente para o pior. Acho que eu teria gastado menos dinheiro em balas, ou guardado a mesada. Quem sabe me fosse útil na hora que chegasse a conta de luz? Mas eu, iludido, gastei tudo. Não lembro de nenhum personagem maravilhoso que poupasse dinheiro.
Quanto ao príncipe/princesa encantado(a), nem se fala. Quanta mulher salafrária foi preciso enfrentar até achar a ideal. E nem sempre a ideal é mesmo a ideal. Até por que nunca descobri exatamente qual o significado de ideal; mas passaram tantas mulheres ideais por mim. Só que nenhuma delas foi realmente para sempre. Nem a que mais durou chegou á ser para sempre. E agradeço por não ter me casado, pois o divórcio seria mais um soco na cara.
Se eu já soubesse o quanto é difícil sustentar a própria casa, não teria saído da casa dos meus pais. Se eu soubesse o quanto é duro trabalhar oito horas por dia, não teria tanta pressa para ganhar dinheiro. E para ser independente. Ás vezes penso que o ‘Felizes para Sempre’ é uma estratégia para tirar os filhos de casa mais cedo. Esperançosos com a resolução da sua vida, milhares e milhares de jovens adultos vão deixando a segurança do ninho para encarar as paredes frias das cidades cinzentas.

Ainda bem que eu acreditei no ‘Felizes para Sempre’. Tenho certeza que estaria ainda mais distante do final feliz se tivesse me privado desses pequenos prazeres só para estar mais seguro no futuro. Não teria conhecido pessoas ótimas, não teria minha própria vida e não poderia estar filosofando sobre os mitos dos livros infantis.
O problema é que, infelizmente, as pessoas estão deixando de acreditar no ‘Felizes para Sempre’ cada vez mais cedo. Tadinhos. Só espero que não tenha nada á ver com textos como este.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Tentando escrever

Ah! Já faz muito tempo que eu não posto aqui e, mesmo depois de dias tentando buscar um assunto que me animasse á escrever, não consegui digitar nem uma linha sequer.
Na última semana eu estive viajando com o colégio, e digamos que ainda estou um tanto quanto nostálgico, como se ainda não acreditasse que foi tão pefeito. Então, pensei em escrever sobre a viajem, ou algum episódio interessante que tenha acontecido em Boa Vista (onde passamos a tal semana). A cidade era tão tranquilaaa...
Mas não consegui escrever.
Pensei em escrever sobre como eu me sentia, mas não tive paciência. Me sinto como sempre me sinto: cansado de tudo, irritado com meus pais, me entendendo com meus amigos e adorando minha irmã. Pasmem, ela é a única pessoa com quem ando me sentindo bem ultimamente.
Também pensei em escrever sobre o Nitendo Wii que meus pais compraram. Sabe, é um jeito completamente novo de jogar videogame, e não se parece em nada com o Play Station 1 que ficava naquela mesma estante. Desta vez não precisa nem justificar: 'Vou postar sobre um video game?'.
Pensei em fazer uma crônica com história original, mas não me entusiasmei com nenhuma das minhas idéias, e fui deixando... deixando...

Então aqui estou. Escrevi sobre tudo e sobre nada. Simplesmente fiz uma crônica sobre tudo e todos, completamente sem assunto, cujas linhas representam apenas um garoto tentando escrever. Achou interesssante? Eu não. (y)

-Sem mais;