tag:blogger.com,1999:blog-39658540040769189832024-03-13T22:41:21.848-07:00[O GATILHO]Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-40723974395111690342009-07-25T13:02:00.000-07:002009-07-25T13:03:58.772-07:00Blog Abandonadobeijos, até nunca mais. abçIgorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-16873941336887304592008-08-14T12:15:00.000-07:002008-08-14T12:17:41.233-07:00Sorriso Estranho.<div align="justify"><span style="font-size:85%;">“João Roberto era o maioral (...)<br />Mas de uns tempos prá cá (...)<br />Alguma coisa aconteceu<br />Johnny andava meio quieto demais<br />Só que quase ninguém percebeu (...)<br />Johnny estava com um sorriso estranho<br />Quando marcou um super pega no fim de semana (...)<br />- O aluno João Roberto não está mais entre nós<br />Ele só tinha dezesseis.<br />Que isso sirva de aviso prá vocês (...)<br />E o que dizem que foi tudo<br />Por causa de um coração partido (...)”<br /><span style="color:#cc0000;">[Dezesseis – Legião Urbana]</span><br /><br />João Roberto jogou a mochila sobre o sofá e deixou-se ficar na cama durante a tarde inteira. Se sentia um lixo. Ela nunca ia dar bola para ele e o cara tava ciente disso. Mas o Johnny não aceitava as coisas assim, ele lutava pelo que queria. E ele queria ela.<br />Alguém bateu na porta e o interrompeu de seus devaneios enfurecidos de frustração. Era o Marcos, o cara que andava sempre com ele. O amigo já sabia o que tinha acontecido.<br />- Fica assim não, Johnny. Ela não vale nem metade desse esforço.<br />- Sem função enfática agora, Marcola. Não tou pra isso hoje.<br />- É sério, cara, não vale a pena.<br />Talvez Johnny soubesse disso lá no fundo, mas sua mente não o deixava desistir. Ela era especial, era diferente. E era ela que ele queria. Precisava senti-la, tocá-la, beijá-la. E igual àquela mulher não haveria mais ninguém. Não conseguia se convencer do contrário, e nem queria.<br />- O que ela disse?<br />Insistiu o amigo.<br />- Ela disse que não ia rolar, só isso. Daí eu perguntei o porquê e ela disse que – Johnny afinou a voz zombeteiramente – “você é vazio, Johnny”.<br />- Vazio?<br />- É, vazio. Eu fiquei encucado com isso e perguntei pra ela o que ela queria dizer.<br />- E o que ela respondeu?<br />- Que era por isso mesmo.<br />Marcos tentou encaixar as peças da história antes de falar alguma coisa.<br />- Ela disse que você era vazio exatamente por não saber o que ela queria dizer quando disse que você era vazio?<br />- Pois é – bufou o outro, pegando o violão que estava encostado ao lado da sua cama. Naquilo ali ele era fera. Quase tão fera quanto nos Pegas de fim de semana.<br />- Você chegou a tocar pra ela? – sugeriu Marcos.<br />- Duas vezes.<br />Marcos olhou em volta. Os discos de Vinil amontoados num canto.<br />- Você falou de música? Ninguém sabe mais de música que você, Johnny.<br />- Falei. Ela não ligou pra nada do que eu disse sobre o Led Zeppelin.<br />- Talvez ela não goste do Zeppelin.<br />- Nem dos Beatles, nem dos Rolling Stones, nem de nada.<br />- Talvez ela não goste de música.<br />Aquilo não servia de consolo para o Johnny. Ele era vazio? O que quer que ela quizesse dizer com aquilo, ele não era. Só sabia disso. Dedilhou algumas músicas no violão enquanto Marcos pensava. Depois de algum tempo o amigo sugeriu:<br />- Que tal uma corrida para ela? Marca um Pega e chama ela pra ver.<br />- E porque ela iria?<br />- Porque você é o Johnny, o maior corredor da cidade. Convida a garota e diz que a corrida é pra ela.<br />- Ela não vai ligar.<br />Johnny cantou baixinho uma canção dos Beatles.<br />- Vou marcar na curva do diabo, lá em Sobradinho – decidiu.<br />Aquela não era a idéia que Marcos tinha tido. Ele só sugeriu uma corrida qualquer, numa rua reta e segura. Johnny tinha um sorriso estranho no rosto.<br />- Você vai acabar se matando lá. Porque não marca numa rua normal, cara?<br />- Por isso mesmo.<br />- Você é igual a ela.<br />- Se fôssemos iguais ela já estaria comigo.<br />- Estou dizendo, isso não vai dar certo. Você vai se matar lá, cara.<br />João Roberto não respondeu. Marcos se arrependeria depois, mas simplesmente ficou calado e deixou que o amigo tocasse suas músicas enquanto ele ouvia. O Pega estava marcado e no Sábado todos apareceram. Seria o maior Pega de todos os tempos.<br />Motores roncando, a lua alta, adrenalina no ar. Ela estava atrás da mútidão, acompanhando os carros de longe. João Roberto era o garoto da vida dela, mas por enquanto era só um garoto de momento. Se ela fosse só mais uma, não o teria por mais de uma semana.<br />- Johnny, vá com calma – murmurou para si mesma.<br />A corrida aconteceu a explosão ecoou por toda a cidade. O cara foi lembardo o tempo todo por quase um ano, a tristeza gritava na cabeça de todos os que o conheciam. Seu violão largado no pé da cama ficou lá para sempre. Johnny era um cara inconsequente e irresponsável. E vazio.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-66979314136137044692008-07-26T15:00:00.000-07:002008-07-26T15:12:33.402-07:00O homem (de negócios) apressado.<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#cc0000;">E</span>le estava andando apressado, porque ele era um adulto, e adultos sempre andam apressados. Ele carregava uma bolsa de couro porque homens de negócio sempre usam bolsas de couro debaixo do braço. E homens de negócios eram ainda mais apressados do que adultos normais. Ele socou a camisa social para dentro da calça e continuou andando. Tinha muita coisa pra fazer: buscar dois memorandos, ligar para o chefe, pagar a conta de luz, comprar meias novas, passar em algum restaurante para pegar uma marmita, ligar para o advogado, copiar os memorandos, ir para casa, limpar a cozinha e passar o resto da noite relendo e corrigindo os memorandos. Era muita coisa para um dia só, e o dia já estava na metade.<br /><span style="color:#cc0000;">E</span>le apertou o passo e, quase imediatamente, seu telefone tocou. Aquilo não estava previsto e só significava uma coisa a mais para encaixar na agenda. Era o chefe perguntando se ele já tinha conseguido os memorandos e ele respondeu que ainda estava a caminho. O chefe pareceu irritado e mandou ele se apressar. O homem desligou o celular e caiu no chão. Não de propósito, claro, mas porque tinha trombado em uma mulher de negócios apressada. Eles pediram desculpas simultaneamente e se ajudaram a levantar. Ele olhou para ela.<br /><span style="color:#cc0000;">E</span>la era linda. Tinha olhos claros, cabelos ruivos presos para trás e sua boca desenhava um coração delicado nas suas bochechas maquiadas. Seu queixo tinha uma entradinha delicada e aquilo excitava o homem. Por um segundo sentiu vontade de pular em cima dela e agarrá-la. Mas no segundo seguinte ele percebeu que ela era uma mulher séria, era inteligente e provavelmente gostava de café. Ele não adivinhou isso, lógico, mas é porque o café dela agora estava esparramado pelo chão.<br /><span style="color:#cc0000;">Q</span>ueria convidá-la para compensar o café que ele tinha derrubado. Iram até a Starbucks mais próxima e ele pagaria um café para ela. Eles riram e ela contaria que se sente muito sozinha à noite porque acabou de romper com o namorado. Ele perguntaria se ela quer ir jantar em algum lugar naquela noite e eles iriam, e se beijariam no fim do encontro. Mas ela não iria para casa com ele porque precisava terminar de preencher uma papelada. No dia seguinte ele iria até a casa dela com suas flores preferidas, que ela teria comentado no encontro da noite anterior, e ela ficaria feliz. Aí sim eles iriam dormir juntos e se amariam. Algumas semanas depois eles iriam começar a namorar e se casariam no inverno. A mãe dela choraria e o pai dele ficaria bêbado, armando um barraco no meio do brinde. Teriam dois filhos: um menino e uma menina, e iriam se mudar para uma casa maior. Os filhos iriam para uma boa faculdade e os dois passariam o resto das tardes passeando pela praia e pelos parques.<br /><span style="color:#cc0000;">M</span>as ela só pediu desculpas e se baixou para pegar as coisas. Ele fez o mesmo, acordando do seu devaneio. Ela sorriu e falou obrigado, se virando para ir embora. Ele lembrou dos memorandos e também se virou. Seu celular tocou. Era o chefe perguntando mais uma vez se ele já tinha pegado a papelada. Ele pediu um momento e se virou para a mulher: perguntou se ele podia pagar um café para ela. Ela disse que estava com pressa e precisava ir. Ele assentiu.<br /><span style="color:#cc0000;">R</span>espondeu ao chefe que já estava à caminho e, com sua mala de couro debaixo do braço, continuou a andar apressado, como se nada tivesse acontecido.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-61080347953126154762008-07-06T10:34:00.000-07:002008-07-06T10:40:40.291-07:00O Tenente [segunda parte]<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#cc0000;">Impressão errada.</span> Quero dizer, Acontece vez ou outra, sem querer. É aquela coisa de julgar o livro pela capa e dar com a cara na porta. Sim, sim. Eu me enganei. Tudo bem, eu admito que descarreguei minhas frustrações no tenente sem nem dar uma chance para ele. Isso foi errado.<br /><span style="color:#cc0000;">V</span>ocê não deve estar entendendo coisa alguma – é que a crônica ainda nem começou de fato – mas já-já eu explico. Antes disso tenho que recapitular aquele outro texto, quando botei em pauta até seu sorriso bruto e suas atitudes autoritárias. Eu já disse que estava enganado, não me faça repetir. Mas botando fim à esses rodeios chatos, o que aconteceu foi que, pouco a pouco, o tenente foi ganhando minha confiança. Pra ser sincero, sei lá, ele foi mostrando que não é tudo aquilo que eu tinha dito.<br /><span style="color:#cc0000;">O</span> terceiro parágrafo, esse aqui, vai servir como o primeiro ponto. Aula de desenho, matéria que ele leciona, eu estou sentado num canto e estou aborrecido com alguma coisa. Ninguém parece perceber. Então ele passa perto da minha mesa e solta um ‘que aconteceu?’, para mim. Eu levanto a cabeça um pouco incrédulo, é verdade, e respondo com a única frase que se escuta depois de uma pergunta dessas: ‘nada não’. Ele me perguntou se eu tinha certeza e eu disse que estava tudo bem. Ele foi embora.<br /><span style="color:#cc0000;">Q</span>uarto parágrafo, outra aula, segundo ponto. Eu estava brincando e rindo com uns colegas, ele se aproxima e dá um toque amigável no meu ombro. O que ele disse? Ele disse ‘pelo visto você já está melhor, não é?’, eu fiz que sim com a cabeça e ele sorriu. ‘E eu pensando que você era calado, ein?’, então quem sorriu fui eu.<br /><span style="color:#cc0000;">Q</span>uinto parágrafo, terceiro e último ponto. Estamos na última aula do semestre, ele está falando com a turma toda. É um daqueles casos em que metade da turma não liga para o que o professor está falando, mas a outra metade entende exatamente o que ele quer dizer. Eu entendi. Ele falou que nos tratava com rigidez porque queria esforço; esforço porque nós tínhamos potencial e jogávamos fora. Ele disse que era rígido aqui dentro para que lá fora pudéssemos ser livres. Ele disse que daqui à alguns anos nós íamos agradecer a ele por tudo que ele fez. E então ele concluiu: ‘agora deixem esses livros de desenho geométrico no armário e vão namorar, curtir as férias, pegar um cinema e se divertir. Tirem esses quinze dias para relaxar’. Foi a primeira sentença liberalista que eu escutava sair da boca dele.<br /><span style="color:#cc0000;">P</span>ois então, impressões erradas. Acontecem, mas sempre podem ser mudadas. Sabe o que eu acho? Que esse negócio de que a primeira impressão é a fica é uma furada; impressões estão sempre sendo mudadas.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-26306026791199923392008-06-01T10:21:00.000-07:002008-06-01T10:42:29.190-07:00Como ser Feliz em 25 Passos<span style="font-size:85%;"><span style="color:#cc0000;">1.</span> Se entupa de chocolate<br /><span style="color:#cc0000;">2.</span> Antes de se empanturrar de chocolate, jogue seu espelho fora.<br /><span style="color:#cc0000;">3.</span> Só use as roupas que você mais gosta, independe se ela é social, casual ou formal.<br /><span style="color:#cc0000;">4.</span> Vá comprar roupas novas sem se preocupar com o seu dinheiro.<br /><span style="color:#cc0000;">5.</span> Só leve dinheiro vivo, para não acabar com uma conta negativa que só lhe dará mais dor de cabeça.<br /><span style="color:#cc0000;">6.</span> Uma vez por semana vá ao seu restaurante favorito.<br /><span style="color:#cc0000;">7.</span> Só convide/ande/fale com amigos próximos, pois todos os outros podem te magoar a qualquer momento.<br /><span style="color:#cc0000;">8.</span> As pessoas são cruéis e egoístas. Apesar disto, esqueça deste detalhe durante seu dia-a-dia. O ser humano só costuma decepcionar quem confia nele.<br /><span style="color:#cc0000;">9.</span> Se você não tem amigos próximos, procure faze-los o mais rápido possível.<br /><span style="color:#cc0000;">10.</span> Não seja seletivo com suas amizades.<br /><span style="color:#cc0000;">11.</span> Tire fotos, jogue videogame ou ligue o computador.<br /><span style="color:#cc0000;">12.</span> Vá assistir à um filme leve e engraçado de vez em quando.<br /><span style="color:#cc0000;">13.</span> Coma muita pipoca.<br /><span style="color:#cc0000;">14.</span> Se uma roupa não te servir mais, encare como uma desculpa para ir fazer mais compras.<br /><span style="color:#cc0000;">15.</span> Faça exercícios pela manhã.<br /><span style="color:#cc0000;">16.</span> Escreva.<br /><span style="color:#cc0000;">17.</span> Arranje um gato, rato, cachorro, papagaio ou semelhante.<br /><span style="color:#cc0000;">18.</span> Tome um bom banho quente em dias frios e uma chuveirada gelada nos dias quentes.<br /><span style="color:#cc0000;">19.</span> Durma muito, leia muito ouça muita música e seja muito alienado. O mundo não merece a sua preocupação.<br /><span style="color:#cc0000;">20.</span> Apesar disso, preserve.<br /><span style="color:#cc0000;">21.</span> Faça planos, mas não fique irritado se eles derem errado. Planos nunca dão certo, de qualquer modo.<br /><span style="color:#cc0000;">22.</span> Ligue para alguém importante.<br /><span style="color:#cc0000;">23.</span> Se apaixone, ame, abrace, beije...<br /><span style="color:#cc0000;">24.</span> Tire férias.<br /><span style="color:#cc0000;">25.</span> Ria muito.</span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-28409412606272478982008-05-18T06:06:00.000-07:002008-05-18T06:15:07.588-07:00Devaneios sobre o romance de meus avós.<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#cc0000;">A</span>lgum de vocês já parou para pensar na história da sua família? Quero dizer, em tudo o que seus pais já passaram e tudo que seu sangue viveu até chegar até você? Volta e meia me flagro fazendo isso. E dia desses estava pensando nos meus avós. Eu já sabia que a família da minha avó era meio estranha, principalmente pelo fato de que as duas irmãs da minha avó haviam sido criadas separadas. Já sobre meu avô não sei muito. Mas algo me leva a pensar que eles se conheceram na praia. Talvez um deles já tenha me dito, não sei.<br />Mas então estava ali a minha avó, pegando sol nas areias de Ipanema com os cabelos soltos e óculos de sol no rosto. Então passa o meu avô, naquele padrão de malhado-magricela que se vê nas fotos da época. Época, aliás, dos anos sessenta. Então meu avô chega para minha avó, que estava falando com uma amiga e diz:<br /><span style="color:#cc0000;">“Carambolas, moça. Como seu corpinho fica supimpa nesse seu maiô listrado!”</span><br />Minha avó ri, cochicha com a amiga, põe os óculos na testa e responde:<br />“Poxa, moço. Você também fica da hora com essa sunga vermelha.”<br />Daí foi amor na hora. Eles marcaram de se encontrar na sorveteria do seu Manoel, naquela tarde mesmo. E depois de novo. E uma vez na praça. E lá pelo sétimo encontro resolveram namorar. Namoro escondido, já que a minha avó era prometida de se casar com um homem rico, filho de um amigo da família. Meu avô propôs casamento, mas ela não pôde aceitar. Resolveram fugir da cidade para fazerem os votos às escondidas.<br />Então numa noite de lua cheia, lá foram eles. Meu avô pegou seu fusca turbinado e seguiram a estrada. Minha vó exclamava coisas como:<br />“Oh, meu amor! Você é tão corajoso! Passaremos o resto da vida juntos, entre mil beijos selados e dias vividos.”<br />E meu avô ia só dirigindo e sorrindo. Numa cidade nova, sem emprego nem meio de sustento, meu avô entrou para a aeronáutica, a fim de ganhar dinheiro. Minha avó, muito orgulhosa, cuidava da casa e preparava o terreno para seus rebentos. Rebentos estes que nasceram no pé dos anos setenta. Daí minha avó virou para o meu avô:<br /><span style="color:#cc0000;">“E aí, bicho? To mó gravidona, ae. Quê que nós vamos fazer?” E jogou os cabelos longos e hippies para trás, segurando a barriga.</span><br />“Pô, mulher. Dá o nome dele de Alexandre e vamos criar o moleque.”<br />Então nasceu meu pai, e minha avó ganhou o emprego de mãe. Lambia o cabelo do filho pro lado e mandava ele pra escola. Cozinhava, passava, limpava e no fim ainda teve tempo pra mais uma cria. Agora com a alma materna já completamente instalada em seu ser, ela contou pro meu avô:<br />“Marido meu que tanto amo, vem aí mais um exemplo de nosso eterno amor. Que faremos, afinal?” Dizia juntando os carrinhos do meu pai.<br />“Ponha o nome dele de Ricardo, querida. E vamos logo com esse almoço que eu estou com uma fome do cão” respondeu.<br />Então nasceu meu tio. Meu pai cresceu, namorou, se formou, se casou, me teve e a vida continua por aí. Meus avós, afinal, <span style="color:#cc0000;">estão juntos até hoje;</span> por mais que eu saiba que não foi bem assim que tudo aconteceu.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-56366663922940749832008-05-11T16:47:00.000-07:002008-05-11T17:01:11.771-07:00Homenagem ao dia das mães<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">Ela</span> escutou o telefone tocar enquanto fazia o jantar. tampou a panela e saiu da cozinha. Atravessou o corredor, driblou a mesinha ainda sem lugar, desviou da última caixa de mudança e entrou no quarto da filha mais velha. A garota ouvia música e berrava ao som de Simple Plan.<br />- Filha! Filha! Vá se arrumar! Levo você para a casa da Charlla em cinco minutos.<br />- O que? Disse alguma coisa, mãe?<br />- Vá se arrumar!<br />Fechou a porta do quarto, deu a volta no corredor. O telefone ainda tocava. Passou pelo quarto da filha mais nova que pichava as paredes. Entrou no quarto, tomou o lápis de cera da mão da garota que começou a chorar. Ignorou o berrô e correu até a sala. Atendeu o telefone. Era o marido.<br />- Oi Querida. Vou me atrasar um pouco. Se importa de levar Carlinhos para o curso de Caratê?<br />Na verdade se importava, mas preferiu evitar confusão. Desligou o telefone e correu para o quarto do filho. No meio do corredor foi interrompida por Laura, segurando Mariana no colo.<br />- Mãe! A Laura está chorando! Não consigo ouvir minha música!<br />- Me dê ela aqui. Você devia estar se arrumando!<br />Laura se afastou, entrou no quarto e fechou a porta. Mariana ainda berrava em seu colo. Entrou no seu quarto a procura da chupeta. A chupeta não estava por lá. Entrou na sala, revirou as almofadas, saiu e desligou a luz. Carlinhos parou na sua frente.<br />- Mãe, papai ainda não chegou.<br />- Não se preocupe hoje eu levo você. Mas antes, me ajude a achar a chupeta de Mariana.<br />- Mas eu tenho que me arrumar.<br />- Então vá logo! LAURA!<br />A cabeça da filha apareceu de trás da porta do seu quarto. Vestida em seu pijama e com o fone do mp3 nos ouvidos.<br />- Filha, me ajude a achar a chupeta de Mariana.<br />- Mas eu vou pra casa da Charlla!<br />- Você ainda nem se trocou!<br />- Vou me trocar, mãe!<br />Fechou a porta com força. O telefone tocou novamente. Deixou Mariana no sofá, correu para a cozinha, desligou o fogão, atendeu o telefone. Era a vizinha.<br />- Faça esta menina parar! Está chorando á tempos!<br />- Desculpe o incômodo, vou dar um jeito.<br />Desligou o telefone, bateu na porta de Carlinhos. A porta se abriu.<br />- Está pronto, querido?<br />- Estou quase, mãe...<br />A mãe entrou no quarto, fechou a janela, separou a roupa sobre a cama, mas não antes de achar a chupeta sobre a escrivaninha. Pôs a chupeta na boca da filha, saiu do quarto, apressou Carlinhos e bateu na porta de Laura.<br />- Se você não estiver pronta não te levo mais!<br />- Estou pronta mãe.<br />A filha foi para a sala. A mãe pegou a sacola de Mariana e pediu para que Laura segurasse. Laura reclamou e deixou a irmã na mesa da cozinha. Carlinhos saiu do quarto á procura das meias. Ela correu para seu quarto, abriu o armário, pegou uma meia do marido e entregou-a ao filho. Ele resmungou e vestiu a meia.<br />- Mãe... Que cheiro é esse no sofá? - perguntou Laura, lá da sala.<br />Ela foi até a sala, olhou para a enorme poça de xixi sobre o estofado, foi á despensa, pegou um pano, entregou-o á Laura, correu para a cozinha, pegou Mariana brincando com uma faca. O tele fone tocou mais uma vez. Mariana recomeçou a chorar. A campainha tocou.<br />- Mãe. Minha aula começa em três minutos!<br />- Eu não vou limpar isso! - Gritou Laura.<br />A vizinha bateu a vassoura no teto – o chão do apartamento, no caso. A campainha tocou mais uma vez. Sentiu um cheiro de queimado.<br />- Laura, você ligou o fogão?<br />- Estou com fome mãe.<br /><span style="color:#cc0000;">- AHHHHHHHHHHH!</span></span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-37654573921304872242008-04-17T12:21:00.000-07:002008-04-25T16:47:23.522-07:00O tenente.<span style="font-size:85%;"><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;">R</span>ealmente senti que era necessário escrever. E foi uma daquelas vezes em que é ‘agora ou nunca’, como se caso eu segurasse mais, toda a inspiração explodisse em minhas mãos. E há uma pessoa interessante por trás disso tudo. E com interessante eu não estou cirando uma máscara delicada para alguém que eu valorizo muito, não, muito pelo contrário. Diria que meu sentimento por ele beira o ódio, ou perto disso.<br />Não é ninguém desses que você pensou; é meu professor de desenho. O tenente. Um posto tão submisso onde as palavras trazem imponência a alguém que não faz tanto jus a tudo que elas significam. Tenente. É surpreendente como algumas pessoas conseguem alterar o caráter de coisas boas e fáceis, como o desenho geométrico, e transforma-lo num vilão - quase arquiinimigo. E de arma ele faz a autoridade, os direitos e os esquerdos.<br />Isso me deixa repugnado.<br />Cada traço de sua personalidade me deixa um pouco mais assustado, enjoado e embravecido. E como. O modo como ele joga a preciosidades das palavras ao léu para oprimir e assustar, ou pelo menos é o que ele pensa, me parece similar a jogar comida boa fora. É como se ele dependesse de tudo aquilo para provar para si mesmo que ele tem moral, que ele é alguém na vida, que não é um simples professor por obrigação, mas por desejo. Ou ao menos deveria.<br />Até seu sorriso traz um quê de brutalidade, maldade. Não que ele encarne a magnífica imagem de vilão, mas quase um colega chato e irritante que não se afasta de você. Um alguém chato, irritante e constantemente cobrador. Não que ele espere muito de nós, e isso ele sempre deixou claro.<br />Adoraria soltar um grande palavrão por aqui, que expressaria de onde devem vir todas suas raízes maternas nojentas, mas não devo estragar toda esta maçante narrativa com alguma superficialidade tão estúpida quanto essa. Não por ele, pelo menos. Tenho uma ligeira idéia de quem ele me lembra, mas não convém citar o nome do meu pai por aqui.<br />E a inspiração acaba de passar.<br /><br /><span style="color:#cc0000;">Sem mais.</span></span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-43391515598361029952007-12-12T10:31:00.000-08:002007-12-12T10:33:11.815-08:00Férias<span style="font-size:85%;">éé, saindo de Manaus. ;D</span><br /><span style="font-size:85%;">Tá bom, só pra avisar que eu não vou postar por um tempo.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Até mais, leitores (ou não).</span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-77112226657769861972007-11-25T09:16:00.000-08:002007-11-25T09:25:42.147-08:00O tal 'Felizes para Sempre'...<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">S</span>erá que existe algum objetivo mais inalcançável que esse? Ser feliz para sempre? E com sempre eu não quero dizer uma semana, um mês nem mesmo um ano. Quero dizer sempre; sempre mesmo. Sempre no estilo para o resto da sua vida. Chega á ser ridículo.<br /><span style="color:#ff0000;">D</span>urante anos foi martelado na sua cabeça que toda estória terminava com o famoso ‘Felizes para sempre’. Que a moçinha se casava com o moçinho e que eles tinham filhos, casa, um carro/carruagem/equivalente e viviam juntinhos até que a morte os separasse. E depois de alguns anos, você cresce e percebe que tudo aquilo era só uma grande baboseira. Você prossegue a vida, mas sabe que não é tão simples assim. Cada tarde que você passava assistindo os mágicos ‘clássicos da Disney’ era uma tarde que você passava alimentando falsas esperanças.<br /><span style="color:#ff0000;">Q</span>uem me dera a gente já nascesse conhecendo o divórcio, a traição, guarda dos filhos, processos, impostos, brigas familiares, contas... Pelo menos, quem sabe, a gente já poderia ir se preparando emocionalmente para o pior. Acho que eu teria gastado menos dinheiro em balas, ou guardado a mesada. Quem sabe me fosse útil na hora que chegasse a conta de luz? Mas eu, iludido, gastei tudo. Não lembro de nenhum personagem maravilhoso que poupasse dinheiro.<br /><span style="color:#ff0000;">Q</span>uanto ao príncipe/princesa encantado(a), nem se fala. Quanta mulher salafrária foi preciso enfrentar até achar a ideal. E nem sempre a ideal é mesmo a ideal. Até por que nunca descobri exatamente qual o significado de ideal; mas passaram tantas mulheres ideais por mim. Só que nenhuma delas foi realmente para sempre. Nem a que mais durou chegou á ser para sempre. E agradeço por não ter me casado, pois o divórcio seria mais um soco na cara.<br /><span style="color:#ff0000;">S</span>e eu já soubesse o quanto é difícil sustentar a própria casa, não teria saído da casa dos meus pais. Se eu soubesse o quanto é duro trabalhar oito horas por dia, não teria tanta pressa para ganhar dinheiro. E para ser independente. Ás vezes penso que o ‘Felizes para Sempre’ é uma estratégia para tirar os filhos de casa mais cedo. Esperançosos com a resolução da sua vida, milhares e milhares de jovens adultos vão deixando a segurança do ninho para encarar as paredes frias das cidades cinzentas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">A</span>inda bem que eu acreditei no ‘Felizes para Sempre’. Tenho certeza que estaria ainda mais distante do final feliz se tivesse me privado desses pequenos prazeres só para estar mais seguro no futuro. Não teria conhecido pessoas ótimas, não teria minha própria vida e não poderia estar filosofando sobre os mitos dos livros infantis.<br /><span style="color:#ff0000;">O</span> problema é que, infelizmente, as pessoas estão deixando de acreditar no ‘Felizes para Sempre’ cada vez mais cedo. Tadinhos. Só espero que não tenha nada á ver com textos como este.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-14140435240516732832007-11-08T10:48:00.000-08:002007-11-08T11:09:48.758-08:00Tentando escrever<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">A</span>h! Já faz muito tempo que eu não posto aqui e, mesmo depois de dias tentando buscar um assunto que me animasse á escrever, não consegui digitar nem uma linha sequer.<br /><span style="color:#ff0000;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RzNdjqSPvII/AAAAAAAAAKk/_QzQ0OeCpP8/s1600-h/Boa+Vista+319.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130547267732749442" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 97px; CURSOR: hand; HEIGHT: 99px" height="99" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RzNdjqSPvII/AAAAAAAAAKk/_QzQ0OeCpP8/s200/Boa+Vista+319.jpg" width="100" border="0" /></a>N</span>a última semana eu estive viajando com o colégio, e digamos que ainda estou um tanto quanto nostálgico, como se ainda não acreditasse que foi tão pefeito. Então, pensei em escrever sobre a viajem, ou algum episódio interessante que tenha acontecido em Boa Vista (onde passamos a tal semana). A cidade era tão tranquilaaa...<br /><span style="color:#ff0000;">M</span>as não consegui escrever.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>ensei em escrever sobre como eu me sentia, mas não tive paciência. Me sinto como sempre me sinto: cansado de tudo, irritado com meus pais, me entendendo com meus amigos e adorando minha irmã. Pasmem, ela é a única pessoa com quem ando me sentindo bem ultimamente.<br /><span style="color:#ff0000;">T</span>ambém pensei em escrever sobre o Nitendo Wii que meus pais compraram. Sabe, é um jeito completamente novo de jogar videogame, e não se parece em nada com o Play Station 1 que ficava naquela mesma estante. Desta vez não precisa nem justificar: 'Vou postar sobre um video game?'.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>ensei em fazer uma crônica com história original, mas não me entusiasmei com nenhuma das minhas idéias, e fui deixando... deixando...<br /><br /><span style="color:#ff0000;">E</span>ntão aqui estou. Escrevi sobre tudo e sobre nada. Simplesmente fiz uma crônica sobre tudo e todos, completamente sem assunto, cujas linhas representam apenas um garoto tentando escrever. Achou interesssante? Eu não. (y)<br /><br /><span style="color:#ff0000;">-Sem mais;</span><br /></div></span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-91097002198248468382007-10-20T19:51:00.000-07:002007-10-20T19:58:17.161-07:00Minha visão do meu apocalipse.<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">B</span>em, hoje foi o fim de um ciclo. Eu não posso dizer que não sabia que isto aconteceria, mas também não posso dizer que sabia. Bem, não desta maneira. Enfim, vou parar com estes rodeios nauseantes e ser consideravelmente mais explícito: <span style="color:#ffffff;">Hoje ela terminou comigo</span>. Sei lá, ela já tinha me avisado antes que isto aconteceria e já tinha me dado inclusive os motivos.<br /><span style="color:#ff0000;">“V</span>ocê vai se mudar no fim do ano. Vou sentir saudades e não quero isto, não mesmo. Sabe, então eu vou terminar antes, meio que para ir me acostumando.”<br /><span style="color:#ff0000;">B</span>om, eu entendo. Sinceramente, o que mais me choca é que eu entendo o que ela quer dizer. Gostar de alguém e ter medo de perdê-lo. Tentar perdê-lo antes para não ter que suportar a dor real e eminente. Eu entendo, droga!<br /><span style="color:#ff0000;">E </span>quando ela anunciou que o apocalipse viria, eu confesso que pesquei a situação. Sei lá, eu percebi. Mas não pude admitir para ela, nem para mim mesmo. Tive alguns pares de dias para refletir sobre a situação, e aos poucos eu me acalmei. Não podia deixá-la desconfortável por isso. Afinal, eu percebi que também sentiria sua falta.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span><span style="color:#ffffff;">la precisou fazer isto.<br /></span><span style="color:#ff0000;">E</span> mesmo assim, os momentos debaixo daquela árvore foram os momentos mais angustiantes de todo o dia. E olha que eu havia terminado de competir por uma medalha com muitos outros atletas melhores do que eu. Quando ela disse: ‘Bem, acho que você já sabe o que é’, eu senti o chão desaparecer.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>u percebi ali que tinha acabado. Tudo. Por causa da saudade, de novo. Eu disse. ‘Ah, tudo bem’, mas gritei dentro de mim: ‘Você vai largar tudo de novo, seu idiota! Vai deixá-la para trás!’. A gente se abraçou e ela disse ‘eu te amo’. Eu disse ‘eu também’. E a gente desfez o abraço.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span> agora? Acho que meu perfil no orkut vai voltar á ser aquele largo ‘solteiro’ de sempre. Depois de dois meses e três semanas, mais ou menos. Não sei como falar com ela na segunda, ou no aniversário dela, na Pizzaria, semana que vem.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">O que mais me assustou:</span> Eu realmente entendi o que ela quis dizer.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-12147385680591243992007-10-12T07:59:00.000-07:002007-10-12T08:11:10.040-07:00Então;<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">B</span>em, vou quebrar o protocolo uma vez só, que seja. </span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">S</span>im, sim, eu sei que meu blog é um blog de crônicas, mas como de ontem para hoje todos os meus amigos postaram poemas, resolvi colocar um dos meus. Recém tirado do meu caderno azul [quem me conhece sabe qual] e postado diretamente aqui. Sem nenhuma intervenção. </span><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">T</span>omara que gostem: </span><br /><br /></div><div align="center"><br /><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">Então.</span><br /><br />O único pingo de eloqüência<br />Que se choca contra a água<br />E que ondula a superfície,<br />Respinga-se pelas paredes,<br /><a href="http://www.myspacedev.com/img/icons/birds/icon002.gif"></a>Une-se e se reproduz,<br />Cada vez maior.<br /><br />E o vácuo do silêncio,<br />Simplesmente sufocante,<br />Quando busca-se ar e ele não vem<br />Clama-se por som<br />E ouve mesmo eco sozinho<br />Que ecoa pelos cantos.<br /><br />O desespero da escuridão,<br />A impotência de não ver á sua volta<br />Perder-se no vazio<br />Tentar e não poder ver.<br /><br />E o grito do medo,<br />De não ter vontade de prosseguir,<br />Passar pelo frio congelante,<br />E sentir-se tremer, fraco<br />O caração disparado<br />As palavras quebradas.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">O susto da saudade,<br />Querer rever e não poder,<br />Estar preso perto do longe,<br />E ter medo de esquecer.<br /></span><br /><span style="color:#ffffff;">Então.</span></span></div><span style="font-size:85%;"></span><br /><br /><div align="justify"><br /><span style="font-size:85%;">Por Igor Mariano <span style="color:#ff0000;">- Lemon;</span></span><br /><br /><span style="font-size:78%;"><span style="color:#ff0000;">Ps.</span> Agradecimento ao Fael, que fez o button do meu blog. Se quiserem me linkar o button está aí ao lado. Para pegar a url é só clicar em cima com o botão direito do mouse, clicar em propriedades e dar ctr+c na url. Sei lá, se alguém não souber.<br /><span style="color:#ff0000;">Ps².</span> Agradecimento á minha fatia de melancia linda, á minha irmã boquirrota e ao meu mais novo cunhado.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-69348465143273754352007-10-04T15:05:00.000-07:002007-10-04T15:14:50.185-07:00Até que ponto?<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">U</span>ltimamente nossos valores vêm sendo trocados. Os costumes de antigamente não têm mais o mesmo valor que tinham, se é que ainda têm algum, e eles vão sendo passados para trás sem cerimônia. Até que ponto isto é positivo? E quando começa á ser negativo? Eu não acho que exista uma resposta consensual sobre isto.<br /><span style="color:#ff0000;">M</span>eus pais diriam que os valores de hoje não são tão rígidos quanto deveriam, e que os jovens que algum dia governarão este país precisam aprender á ser responsáveis o mais rápido possível. Eu discordo. Os valores trocados nos abalam sim, pois o certo e o errado ficam ligeiramente mais complicados, mas os valores rebuscados de antigamente não valem mais para a sociedade moderna. Simplesmente não funcionam mais.<br /><span style="color:#ff0000;">I</span>magine um pai tentando inibir o filho já adolescente de sair com os amigos. Antigamente o homem era o alicerce da família e, desde crianças, eram ensinados á ser responsáveis. Além disso, sua educação sempre foi mais exigida que a das filhas, já que eles viriam á sustentar uma família. E tente ver uma mãe proibindo a filha de namoricar antes do casamento. As mulheres de antigamente deviam ser castas e respeitosas, mas numa sociedade onde os jovens beijam uma, duas ou até três pessoas numa mesma noite, tentar pôr rédeas na situação é inútil. Se isto é certo? Também não é errado.<br /><span style="color:#ff0000;">A</span>cho que os valores mudaram para acompanhar as evoluções que as cidades, as famílias e o mundo em geral vêm sofrendo. E isto é corretíssimo. Por mais que algumas pessoas se fiem no passado e desdenhem o sistema de educação de hoje, eles têm que encarar que não voltaremos àquela época. Seria regredir e regredir é pior que estabilizar.<br /><span style="color:#ff0000;">A</span>té que ponto a sociedade moderna está certa?</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-74590304768295241752007-09-27T16:33:00.000-07:002008-04-25T16:17:14.285-07:00Filhos<span style="font-size:85%;"><a href="http://www.uppercaseliving.com/OpenHouse/mainImage.jpg"></a>- Oi, quanto tempo!<br />- Oi. Pois é, não? Tudo bom?<br />- Ah, tudo ótimo, o maridão conseguiu emprego e agora tenho mais tempo para cuidar de mim. sabe como é, né?<br />- Ah, que ótimo. O salão também vai muito bem. Você não imagina o quanto o número de clientes cresceu, menina!<br />- É, eu ouvi falar. E o filho, na mesma?<br />- Ele está indo bem sim. Ele ficou em uma matéria, mas a gente já resolveu.<br />- Ele fez dezesseis anos um dia desses, não foi?<br />- Foi sim. Ele chamou alguns amigos para ir lá em casa.<br />- Ah, sim. Parece que foi divertido.<br />- E a Ângela, como anda?<br />- Ela conseguiu notas ótimas, você nem imagina! Ela inclusive foi chamada para fazer um curso toda sexta-feira á noite. Estou super feliz por ela.<br />- Você acredita que o Pedro também está fazendo um curso ás sextas? É para ver se consegue melhorar a nota. Ele está se esforçando muito, o menino.<br />- Tomara que ele consiga, sabe. Ângela nunca foi disso, mas se fosse...<br />- Ele prometeu que vai melhorar.<br />- E você confia nele assim?<br />- Nem tanto. Confio é na nova namorada dele. Uma ótima garota, que por sinal, está ajudando ele com os estudos.<br />- Ah, a minha filha não pode nem pensar em namorar. Ainda é muito nova. Quinze aninhos só.<br />- Ah, coitada. Deixa a garota. Meu filho disse que a sogra não aprova o namoro deles. Ele não gosta não, nem ela.<br />- Mesmo assim, é inadmissível. Ela tem que se concentrar nos estudos e em todo o resto antes de pensar em namorar.<br />- Bem, agora eu tenho que ir. Vou dar carona para o Pedro e a namorada dele até o cinema. Depois a gente se fala.<br />- Ah, tudo bem. Vou dar uma limpadinha na cozinha. A Ângela saiu com uma amiga e vai voltar mais tarde.<br />- Até mais.<br />- Até.<br /><br />E demorou mais um bom tempo para que se dessem conta.</span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-16435615648012228082007-09-20T09:36:00.000-07:002007-09-20T11:06:01.953-07:00A vida de um homem chamado Tom<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">E</span>le era um cara alto, consideravelmente taciturno e bastante amistoso. Ele acordava por volta d<a href="http://www.revistaparadoxo.com/fotos/rotina1.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 134px; CURSOR: hand; HEIGHT: 185px" height="174" alt="" src="http://www.revistaparadoxo.com/fotos/rotina1.jpg" border="0" /></a>as seis da manhã e chegava ao trabalho ás sete. Almoçava por volta de uma hora e chegava em casa ás seis e meia. Costumava jantar macarrão de microondas e ver televisão o resto da noite. Quando nasceu, sua mãe resolveu que seu nome seria Tom.<br /><span style="color:#ff0000;">N</span>aquele dia prolixo em especial Tom resolveu checar sua correspondência antes de entrar em casa. Aliás, ele nunca recebia nada além de contas. E foi o simples abrir da caixa de correio que mudou o resto da sua noite e, quem dirá, da sua vida. A portinhola abriu e balançou perigosamente sobre a única dobradiça que ainda restava, enquanto Tom recolhia as contas de luz e água. Depois de ter o correio recolhido, bateu a portinhola com um pouco mais de força do que deveria, e um baque fino anunciou que a última dobradiça também já era.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>or alguns milésimos de segundos o apetrecho de metal caiu em direção ao pé de Tom, e acertou seu dedão com uma força nauseante. O berro, como podem imaginar, foi plenamente audível. Ele xingou toda a família ainda viva da porta da caixa de correios e mancou para dentro de casa. Mórbido ao estremo, olhou para a unha sangrenta no seu pé e achou prudente procurar um hospital.<br /><span style="color:#ff0000;">O</span> caminho foi longo e dolorido. Sempre era. Tom mancou até a recepcionista e ainda conseguiu energias para discutir com ela. “Mas eu estou para perder o dedo!”. E depois de algum tempo ele entrou na sala de emergências. Soltando ganidos exagerados de dor, ele foi examinado, medicado e enfaixado. Estava sentado numa das salas brancas do hospital e ficou encarando o dedo recoberto de branco. Parecia ter duplicado de tamanho.<br /><span style="color:#cc0000;">P</span>assou quase quatro horas no hospital até ser liberado sob o pretexto de voltar em duas semanas. Posso dizer que a vida não ficou mais generosa para com Tom. Ele ia trabalhar no mesmo horário, almoçava no mesmo horário e saía no mesmo horário. Chegava em casa e jantava a mesma comida, depois de dar uma olhada para a caixa de correio sem porta, e assistia os mesmos programas.<br /><span style="color:#ff0000;">D</span>uas semanas se passaram e ele voltou para o hospital. Demorou na sala de espera, aguardou no corredor e esperou na sala do médico. O doutor passou uns dez minutos fora da sala antes de entrar. A porta atrás de Tom se abriu, mas a voz que ele escutou não foi a de um médico.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> E então, como tem sido?<br /><span style="color:#ff0000;"><a href="http://novohamburgo.org/blogs/gurugugov/wp-content/uploads/2007/03/gurusex.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 114px; CURSOR: hand; HEIGHT: 177px" height="212" alt="" src="http://novohamburgo.org/blogs/gurugugov/wp-content/uploads/2007/03/gurusex.jpg" border="0" /></a>A </span>mulher examinou seu dedo e mandou removerem as ataduras. Indicou um novo medicamento e o despachou. Tom não. Ele virou-se pela última vez antes de sair da sala dela:<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Você está livre amanhã á noite?<br /><span style="color:#ff0000;">F</span>oi a primeira remada que ele deu contra a rotina. Eles se encontraram, namoraram por alguns meses, mas ao contrário do que estão pensando, eles não se casaram. Cada um seguiu seu caminho, mas Tom não deixou mais que o caminho o levasse. Desde então ele tem um novo emprego, acorda mais tarde, chega em casa mais cedo, janta coisas diferentes á cada dia e marca programas para a noite. Agora Tom é um homem livre.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">A</span>té consertou a porta da caixa de correios.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-82686538010608404912007-09-15T18:01:00.000-07:002007-09-15T19:01:35.651-07:00Comentário (in)oportuno<div align="justify"><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">E</span>ngraçado como algumas coisas soam. Como quando, por exemplo, estamos conversando sobre um assunto muito particular com alguém e a sala toda se cala no exato momento em que você revela seu maior segredo ou diz a coisa mais ridícula do mundo. Ou então numa mesa cheia de gente, quando coincidentemente todos se calam no momento em que você comenta algo como ‘essa está gostosa’ com a latinha de cerveja na mão. Ou apenas a frase errada na hora errada, que seja.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>ois é, aconteceu. Felizmente não comigo, nem com você; mas sim com a Sara*. Na verdade é uma história bem engraçada, se você for pensar melhor.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>stávamos no rodízio de pizza jogando conversa fora e comendo até cair para trás. Minha irmã estava rindo de alguma coisa jocosa e eu estava falando da escola com a Mari. A Sara estava esperando passar a pizza de mussarela – neste ponto da história eu acho importante lembrar que ela só come pizza de mussarela – e ela falou que o Pedro* tinha tirado a maior nota da sala, ou algo assim.<br /><span style="color:#ff0000;">F</span>oi o ponto de partida. A Mari disse que o Pedro era um cara inteligente, por que ela tinha estudado d<a href="http://www.myspacedev.com/img/icons/food/icon060.gif"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 111px; CURSOR: hand; HEIGHT: 113px" height="131" alt="" src="http://www.myspacedev.com/img/icons/food/icon060.gif" border="0" /></a>esenho geométrico com ele e coisa e tal, e a Sara concordou. Ah, é de total importância sublinhar que a Sara gosta do Pedro e ele sabe disto, mas ela não sabe que ele sabe. E, sem eu nem perceber, a conversa chegou até as características físicas do garoto. É neste momento que a Pizza de mussarela chega, lembrem-se.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Mas é simplesmente impossível existir uma pessoa inteligente, bonita e de olhos azuis. Se não garotos como nós jamais teríamos chance alguma. – foi o que eu disse.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Ah! Mas o Pedro é tudo isto e eu não escolhi ele. – argumentou Mari.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Ele nem é tão inteligente assim, vá... – eu.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Poxa, ele é inteligente sim. E bonito também.<br /><span style="color:#ff0000;">N</span>este momento o comentário inoportuno saiu da boca da Sara. Livre como um pássaro e mortal como veneno. Ele percorreu nossas cabeças e sombreou a mesa. Simplesmente estabilizou-se no ar, parado, imóvel, para que todos escutassem cada palavra com o máximo de surpresa possível. Ela soprou a pizza e exclamou com a voz mais arrastadamente melosa que eu já escutei:<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Uh! Tá quente!<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>u e a Mari simplesmente nos calamos e olhamos para ela, estupefatos, antes de descobrirmos que ela falava da pizza. Isto simplesmente desencadeou o riso mais gostoso da semana. E sim, eu ri muito.<br /><span style="color:#ff0000;">-</span> Pois é, tá quente aqui né?<br /><span style="color:#ff0000;">S</span>empre que a vejo com o Pedro faço questão de soltar um ‘Uh! Tá quente!’ para ela. Ele não entende, mas ela costuma soltar um sorrisinho embaraçado.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">F</span>oi a frase certa na hora errada ou a hora certa para a frase errada?<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>u não sei, mas pretendo fazer escárnio disto até o fim do ano, no mínimo.<br /><span style="color:#ff0000;">Q</span>uem sabe um novo bordão?<br /><br /></span><span style="font-size:78%;">* Os nomes são fictícios. A identidade dos personagens foi resguardada.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-18228670430063954562007-09-09T13:03:00.000-07:002007-09-09T13:19:11.309-07:00Foi 7 de Setembro<div align="justify"><span style="color:#ff0000;"></span><a href="http://3.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RuRR-h0SPOI/AAAAAAAAAJU/TiBtFE4eV6o/s1600-h/7+de+Setembro+005.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108298012016393442" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RuRR-h0SPOI/AAAAAAAAAJU/TiBtFE4eV6o/s320/7+de+Setembro+005.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">P</span>osso dizer, com absoluta certeza, que o meu sete de Setembro foi o mais diferente de todos. Talvez não o mais diferente de todos literalmente falando, mas um deles. Principalmente por que, ao invés de assistir ao desfile, eu desfilei. Na verdade este foi meu primeiro ano; pois no ano passado eu estava com preguiça e no retrasado eu estava mórbido demais para alguma coisa deste tipo.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>nfim, eu desfilei no sete de Setembro deste ano pelo meu amado Colégio Militar, e carregue-se esta frase de ironia. E mais exclusivo ainda, eu desfilei pelo Grêmio de Artilharia do Cm e, portanto, desfilei de camuflado.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>osso dizer que como primeira experiência foi ótimo. Começou quando eu acordei ás quatro horas da manhã, me arrumei e chaguei no colégio em meia hora, para entrar em forma e tudo o mais. A primeira coisa que eu fiz, depois de descobrir em qual dos quinze ônibus eu ia, foi tentar parecer mais apresentável.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span> depois de quase meia hora lavando o rosto a ajeitando toda a farda, as coisas começaram a ficar divertidas. Foi ‘zoeira’ no ônibus (o ônibus doze, se querem saber), e depois mais brincadeiras ao lado do sambódromo, onde a gente ia desfilar. :)<br /><span style="color:#ff0000;">A</span>í a Infantaria começou a se camuflar, e ver a kathleen de cara pintada foi impagável. Além do mais, vindo da série ‘milagres do sete de setembro’, o Grêmio de Artilharia entrou em forma em menos de um minuto, mesmo após ter o café da manhã brutalmente interrompido pela chegada do governador.<br /><span style="color:#ff0000;">“D</span>ois minutos para o Grêmio de Artilharia entrar em forma; alinhado e coberto!”, foi o que o Tc Nerry disse. Depois disso só vi umas trinta pessoas correndo que nem loucos pra rua. Tempo recorde, afinal.<br /><span style="color:#ff0000;">A</span>pós os surpreendentes acontecimentos a gente foi marchando para a grande passagem, atrás do grêmio de Infantaria e depois dos cubanos/da demonstração de helicóptero. Foram os cinco minutos mais emocionantes do dia. E juro que não houve nenhum motejo audível.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>nfim, depois cada um se apossou de uma latinha de coca-cola e voltou para o colégio.<br /><span style="color:#ff0000;">F</span>ora a brincadeira infantil que o ônibus da frente arranjou, tudo correu bem. Pois o que vale na experiência são as lembranças, e este será um dia que estará na memória por um longo período.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">E</span> o resto do dia?<br /><span style="color:#ff0000;">O</span> mais inútil possível: passei a tarde e a noite no computador.</span> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-size:78%;"><span style="color:#ff0000;">Ps.</span> Oh, como estou sem inspiração pra escrever, mas me esforçei ao máximo para atualizar o blog. Por isto resultado foi tão desanimador. Pardón-me.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-57646126939640242092007-09-05T09:01:00.000-07:002007-09-05T14:23:22.220-07:00O poder das cordas;<a href="http://www.myspacedev.com/img/icons/kiss/icon007.png"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 113px; CURSOR: hand; HEIGHT: 113px" height="141" alt="" src="http://www.myspacedev.com/img/icons/kiss/icon007.png" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">E</span>u já fiz curso de pintura, aulas de natação, judô e outras coisas nesta mesma linha. Normalmente eu cansava aos poucos, assim como aconteceu com o curso de pintura, com a natação – neste caso ainda foi menos pior, pois nadei durante mais de seis anos - e com o judô. Minha mãe costuma ficar ultrajada, pois assim que consigo ‘pegar o jeito da coisa’ eu canso. </span></div><div><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;">O</span> problema neste ultraje é que agora eu quero aprender a tocar violão. Minha mãe se recusa à desembolsar um centavo sequer para compactuar com isso, pois sabe que em um ano ou menos eu já estarei cansado das cordas. Nada neste mundo a convencerá do contrário. Ela disse que não me proíbe de aprender, desde que seja com meu tempo e meu dinheiro. Então quem fica ultrajado sou eu.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>la não deveria me apoiar?<br /><span style="color:#ff0000;">E</span> se ela estiver me tomando a chance de vir a ser um grande violinista?<br /><span style="color:#ff0000;">E</span> então eu percebo que o único e exclusivo interessado em aprender violão sou eu. Sou eu que quero parecer mais arguto, sou eu que quero usar o charme do violão para ser mais galanteador, sou eu quer quero ocupar meu tempo com algo mais útil do que o normal.<br /><span style="color:#ff0000;">N</span>ão ela.<br /><span style="color:#ff0000;">A</span>gora, e se eu conseguir o dinheiro para o violão e as aulas e depois cansar? Não seria um dinheiro jogado fora? Pois é. Acabo de perceber o quão enfadonho isto pode ser. Só que isto não resolve quase nada. Eu devo desistir das aulas pois sei que vou cansar? Ou devo continuar correndo atrás dos meus “sonhos”?<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>or um lado eu penso no escárnio que eu vou ter que agüentar como novo aluno num cursinho qualquer, sendo que não sei tocar absolutamente nada. Nem uma nota sequer. Por outro lado, quando eu aprender á tocar alguma melodia gratificante, vou avançar á um novo patamar de elegância. Não era o sonho de toda garota um garoto que tocasse violão? E as serenatas então?<br /><span style="color:#ff0000;">E</span>ntão descubro que simplesmente não sei nada sobre garotas, em geral. Fora meu divino dom de romantismo, não sei mais quase nada. A Marianna que o diga. Um violão resolveria isto? Será mesmo que o violão é a solução de todos os meus problemas? E volto á mesma dúvida catalisadora de sempre.<br /><span style="color:#ff0000;">E </span>então eu lembro que eu já tenho namorada e não preciso do apoio do violão para conquistá-la. Eu tenho como comprar um violão e algumas aulas por internet. Eu posso aprender á tocar o instrumento e mostrar para minha mãe que eu sou bom nisto. Ou não.<br /><span style="color:#ff0000;">P</span>refiro continuar no despeito.<br /><span style="color:#ff0000;">E</span> quem me dera que algum sinal auspicioso me dissesse o que fazer.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">A</span>final, eu só quero aprender á tocar violão</span>.</div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-34101522670348131212007-09-04T10:36:00.001-07:002007-09-04T11:11:38.414-07:00Mudanças;<span style="font-size:85%;">Aproveitando o que sobrar do feriado de 7 de Setembro, eu vou dar uma inovada aqui no blog. </span><br /><span style="font-size:85%;">Primeiro, vou mudar o layout, sem sair do preto.</span><br /><span style="font-size:85%;">Segundo, meu blog vai virar um blog de crônicas.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><div align="center"><span style="font-size:85%;color:#ff0000;">Porquê?</span></div><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Por quê isso vai diferenciar meu blog dos demais, </span><span style="font-size:85%;">por quê eu gosto de escrever e ler crônicas e por quê isso vai chamar a atenção;</span><br /><span style="font-size:85%;">Além do mais, o blog é meu e quem decide sou eu (y)</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Fora isto, algumas pessoas reclamaram que não conseguiram postar comentários no meu blog.</span><br /><span style="font-size:85%;">Conversei um pouquinho com elas e o problema é que elas não tem conta blogger.</span><br /><span style="font-size:85%;">Então não custa nada esplicar:</span><br /><span style="font-size:85%;color:#ff0000;">Quem não tem conta Google nem Blogger, seleciona a opção 'outros', debaixo da sua mensagem.</span><br /><span style="font-size:85%;color:#ff0000;">Aí seu coment vai aparecer normalmente, mas sem seu perfil (porquê você não tem, óbviamente).</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Pois acho que por hoje é só.</span><br /><span style="font-size:85%;">Amanhã eu já pretendo postar uma crônica qualquer.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">E valeu pelos coments, pessoas;</span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-32027794601339362982007-09-02T13:15:00.000-07:002007-09-02T13:30:08.541-07:00Beach;<span style="font-size:85%;">Este fim de ano eu vou para a praia.</span> <div><span style="font-size:85%;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/Rtsakh0SPDI/AAAAAAAAAHM/Jewbr0rJoM8/s1600-h/44.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105703817409870898" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 92px; CURSOR: hand; HEIGHT: 96px" height="112" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/Rtsakh0SPDI/AAAAAAAAAHM/Jewbr0rJoM8/s200/44.jpg" width="113" border="0" /></a>Aliás, para muitas praias.</span></div><div><span style="font-size:85%;color:#000000;">.</span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;">Mas não vou mais voltar para cá depois.</span></div><div><span style="font-size:85%;">Me sinto tão mal quando penso nisso ¬</span></div><div><span style="font-size:85%;">amigos, lugares, shoppings...</span></div><div><span style="font-size:85%;">...tudo, sabe?</span></div><div><span style="font-size:85%;color:#000000;">.</span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;">Algum dia eu vou pegar um avião e vou ver Manaus pela última vez.</span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;">Que droga!</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-58647933087592165002007-08-31T12:59:00.000-07:002007-08-31T13:12:16.768-07:00Free fragancé<p><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='280' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyNlXr-Map_z9cHlzhjOvvqVSaNL_Ync1xAhPvWH6_5NTyjvud98CGeJMjTGiPH1_vkolUA04cOS10Siy938A' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p> </p><p><span style="font-size:85%;">Isto se chama falta do que fazer.</span></p>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-250975098415436112007-08-26T16:34:00.000-07:002007-08-26T16:38:07.585-07:00¬<span style="font-size:85%;">Hoje decidi que não vou deixar o blog morrer.</span><br /><span style="font-size:85%;">Por mais que ninguém poste,</span><br /><span style="font-size:85%;">ninguém leia,</span><br /><span style="font-size:85%;">que meus posts venham ficando cada vez menores...</span><br /><span style="font-size:85%;">Eu vou cuidar dele.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Afinal, ele já durou mais que todos os últimos.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">(Y)</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Não vou parar ~</span>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-75802607815301149022007-08-20T12:13:00.000-07:002007-08-20T12:24:13.507-07:00Duh ~<a href="http://4.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RsnqCh0SPCI/AAAAAAAAAHE/NxbpI9rHTzo/s1600-h/107118342ad1c5b474ezi5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5100865382132104226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_7b6v9z2QIBM/RsnqCh0SPCI/AAAAAAAAAHE/NxbpI9rHTzo/s200/107118342ad1c5b474ezi5.jpg" border="0" /></a> <div><span style="font-size:85%;">"O sentimento que governa minha vida é o egoismo, mas para mim, EU jamais será uma palavra no singular"</span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;">Não é?</span></div><div><span style="font-size:85%;">Então tente provar o contrário.</span></div><div><span style="font-size:85%;">O dia que você conseguir uma resposta gratificante me avisa, ou melhor, deixa um comentário. =D</span></div><br /><div><span style="font-size:85%;"></span></div><br /><div></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3965854004076918983.post-74279904023466446852007-08-19T09:53:00.000-07:002007-08-19T09:58:25.263-07:00Como já diziam os grandes sábios....<div align="center"><span style="font-size:85%;">"Só preciso de uma coca-cola e uma boa companhia...e o resto virá a cada estação com a chuva..."</span></div><div align="center"> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;"></span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;">Autor desconhecido, Fonte desconhecida.</span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;">Sem direitos registrados.</span></div>Igorhttp://www.blogger.com/profile/07932091814691381550noreply@blogger.com0